EDUCAÇÃO HÍBRIDA EM TEMPOS DE PANDEMIA

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A crise pandêmica trouxe uma revolução pedagógica para o ensino presencial, a mais forte desde o surgimento da tecnologia contemporânea de informação e de comunicação.

EDUCAÇÃO HÍBRIDA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Em tempos de pandemia do COVID-19, doença causada pelo Coronavírus, houve grande distanciamento social de caráter emergencial, ou seja, criamos novas formas de nos socializar. 

Este ano de 2020 vimos o Brasil e o mundo tendo grandes dificuldades em virtude da crise sanitária causada pelo COVID-19.   A contaminação pelo vírus, que possui alta taxa de transmissão e um percentual assustador de letalidade levou o país a tomar uma drástica decisão de parar o convívio social.

As medidas principais para se evitar a disseminação do vírus são o uso de máscara, a higienização constante das mãos e dos materiais individuais, o distanciamento social e a quarentena. O distanciamento social e a quarentena têm impactado diretamente na vida de todos os brasileiros, especialmente na educação, causando o afastamento presencial de docentes e discentes.

 Estabelecimentos de Ensino – creches, escolas, universidades – ficaram com suas atividades escolares presenciais suspensas, o que atingiu milhões de estudantes em todo o país. Apesar de o fato ser terrível e ter prejudicado o ensino e a aprendizagem, a suspensão das aulas foi medida essencial para se evitar a propagação da contaminação, tendo em vista que a escola é um ambiente dinâmico, de grande contingente e de natural contato. 

Entretanto, existe a percepção coletiva das autoridades, gestores e professores de que a educação não poderia parar, com o objetivo de não perdermos o ano letivo. Surgiu, então, a necessidade da adaptação e da superação por parte de professores e alunos.

 

Em meio à pandemia, com enfrentamento de diversos problemas, com tantas dificuldades e afastamento para se evitar a disseminação do vírus, pensar na educação também se torna necessário, tendo em vista a busca de se manter o foco na aprendizagem do aluno e nos instrumentos de ensino construídos pelo professor.

O tempo de pandemia pelo Coronavírus (COVID-19) trouxe uma ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. 

A crise pandêmica trouxe uma revolução pedagógica para o ensino presencial, a mais forte desde o surgimento da tecnologia contemporânea de informação e de comunicação. As conversações à distância se intensificaram com o advento da internet, as novas formas de ensinar, da educação básica ao ensino superior, especialmente focando na adaptação e superação dos docentes e discentes que estavam acostumados à educação presencial, causaram impacto positivo na aprendizagem contemporânea e a educação híbrida se fortalece e chega pra ficar.

No Brasil, a comunicação digital ganhou força após a metade da década de 1990, com o aparecimento dos canais de pesquisa e de conversação, especialmente das redes sociais.

Entretanto ainda havia uma lacuna em relação à comunicação digital na educação, apesar do EAD já ser uma realidade na educação brasileira, ele estava direcionado quase que na sua totalidade para o Ensino Superior, sendo outra parte para os cursos Técnicos Profissionalizantes. Na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), a regra geral das escolas, quando utilizavam, tendia para o EAD apenas como forma de educação complementar, sendo autorizado o EAD para casos específicos do Ensino Médio, especialmente para cursos profissionalizantes. 

Além disso, o parágrafo 4º do art. 32 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB) define que “O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizada como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”

A COVID-19 nos levou a uma dessas situações emergenciais. A pandemia afastou os alunos das aulas presenciais nas salas de aula, da educação básica ao ensino superior.

Os gestores educacionais ficaram naturalmente atônitos e a reação demorou um pouco a ocorrer, porém como dito acima “visto que existe a percepção coletiva das autoridades, gestores e professores de que a educação não poderia parar, com o objetivo de não perdermos o ano letivo.”   

Surgiram, então, as necessidades de adaptação e de superação, tanto por parte da gestão, dos docentes quanto pelos discentes, incluindo toda a sociedade.

Nesse contexto, torna-se necessário repensarmos a educação e todos os seus processos.    Paulo Freire escreveu que “O homem está no mundo e com o mundo” (1983, p. 30). 

Se o homem estivesse apenas no mundo, não haveria transcendência e não interferiria na história desse mundo. Não poderia objetivar-se e, por consequência, não conseguiria distinguir entre um e o outro. 

Hoje as pessoas estão no mundo e com o mundo. A educação está sendo modificada pela adaptação docente e discente, acerca de diversos programas, aplicativos, ferramentas que passaram a ser utilizadas na educação híbrida emergencial presencial, utilizando diversos recursos tecnológicos, avançando o aprendizado e a perspectiva de uma educação tecnológica concomitante com a presencial pós pandemia.

 

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